domingo, 5 de junho de 2011

O ressurgimento uruguaio

Caso isolado? Sorte nos cruzametos? A cada competição, o futebol uruguaio mostra que a quarta colocação no Mundial da África, no ano passado, não foi mera coincidência. Além de ser semi-finalista, a Celeste Olímpica tem ainda o melhor jogador da Copa. Forlán só não fez chover nos gramados africanos. Ok, esses dois fatos poderiam ser tratados como obras do destino, semelhantes ao caso da Croácia na Copa da França e a Turquia na Copa da Coréia/Japão. Mas, não apenas a seleção principal, mas as categorias de base e os clubes mostram uma maior organização, refletindo em seus resultados.



Pênaltis decisivos de Gana x Uruguai (Narração da TV Uruguaia)

No caso das seleções de base, o reaparecimento ficou evidente no Sulamericano Sub-20/Pré-Olímpico. Após uma ausência maior que meio século, a Celeste voltará a competição que fez dela Olímpica com o Bi-campeonato de 24 e 28. Um time jovem, com promessas que, em sua maioria, saíram cedo para clubes europeus. Para se ter uma idéia, os uruguaios desbancaram a atual bicampeã olímpica argentina. No âmbito dos clubes, o que era comum paras os mais antigos e é estranheza para as novas gerações parece estar voltando. Os grandes clubes do país, Penãrol, finalista da Libertadores da América, após passar por Internacional e Vélez, dois dos principais times do continente, e o Nacional que tenta uma reconstrução após um longo período de vacas magras, voltaram a causar um certo temor frente seus oponentes. Uma reconstrução que começou nas camadas mais altas da estrutura de futebol do país e vê seu resultado em campo.



Festa espetacular da torcida do Peñarol no jogo contra o Vélez.

O sucesso chega, também, a diversos jogadores que atuam no exterior. Hoje, os uruguaios passaram de simples peças que compõem elencos para jogadores primordiais em grandes clubes. Alguns já são ídolos. Forlán, Cavani, Lugano, Suárez e Abel Hernandez são titulares em clubes de médio à grande porte da Europa. Revelações surgem como nos tempos áureos do país cisplatino. Apesar de possuir apenas 3 milhões de habitantes, o Uruguai está voltando a ser um dos grandes países que integram o cenário do futebol mundial. Até mesmo o famigerado Ranking da FIFA afere esse crescimento. Hoje, o Uruguai é a sétima melhor seleção do mundo. Nada mal para Loco e companhia.

Um grande abraço,
Nelsinho Lima.

2 comentários:

  1. O Santos tem mais técnica, mas o Peñarol tem uma tradição enorme na Libertadores. Vai ser muito disputado e vai ser decidido nos detalhes. É o futebol uruguaio, voltando com sua força.

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  2. Com certeza, Saulo. Esse time do Peñarol não é nada bobo. Ganhou do Inter e mostrou força no Beira-Rio. Eliminou o melhor time da temporada argentina na casa do adversário.

    O Santos tem que ficar de olho.

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